terça-feira, 6 de dezembro de 2011


- Algo constrangedor: O Ciúme.

Já todas nós nos sentimos verde de inveja ao ver o “nosso” homem a falar, a sorrir ou simplesmente a olhar para outra mulher, conhecida ou não. O ciúme é um sentimento muito forte que, em pequenas doses pode até ser saudável, mas quando administrado em doses industriais aí sim pode literalmente matar uma relação. O ciúme pode ser considerado uma insegurança, mas não como algo errado, afinal, não existe ninguém seguro todo o tempo. O problema é quando isso passa atrapalhar tanto sua vida quanto a do seu cônjuge ou até mesmo dos outros. Mas afinal, quem é que nunca sentiu ciúmes pelo menos uma vez na vida?Numa situação ideal, as coisas seriam completamente diferentes... Quando se gosta de alguém, deseja-se que o parceiro, ou seja, o bem do outro, pelo outro e para o outro. Por isso, não deixa de ser curioso que esse sentimento tão egocêntrico que é o ciúme encontre as suas origens exatamente na palavra "zelo", algo que, em princípio, se basearia no altruísmo... Mas o que é que uma coisa tem a ver com a outra? É que em latim, zelo escreve-se "zelumen". Parecido, não é? Talvez seja por causa da má interpretação que possivelmente se faz da ligação destas duas palavras (zelo e ciúme), que a maioria das pessoas acredita que o ciúme é uma espécie de prova de amor. Será? Não... É um sentimento tão egoísta que não merece ser confundido com provas de amor. Nota bem que o ciúme não é mais do que o medo de alguém de perder o (a) outro (a) ou a exclusividade sobre ele (a). Não passa de um pavor terrível de se ser excluído de uma relação, por isso...


Afinal, o ciúme funciona como um aviso, um alerta que indica que alguma coisa está a falhar. Se tudo estivesse bem, não haveria lugar para problemas deste tipo, e por isso mesmo que o ciúme é, sem sombra de dúvida, um dos sentimentos que mais atrapalham uma relação, e um relacionamento sem confiança, dificilmente se constrói uma convivência feliz e duradoura!
Mas, como se dizia no início, o ciúme até pode ser o condimento necessário para ir mantendo a chama da paixão acesa. Mas atenção: tudo quanto é demais faz mal, sobretudo porque há diferentes níveis de ciúmes. O mais comum é alguém sentir-se enciumado em situações pontuais nos quais se sinta excluído ou ameaçado de perder a exclusividade (e a atenção) sobre o (a) parceiro (a).Quanto, a saber, qual dos dois sexos é mais ciumento... Bom, isso ainda está para se descobrir, apesar de não haver diferenças substanciais, todos somos ciumentos, embora nos comportemos de maneiras diferentes, ou seja, enquanto que as mulheres têm mais tendência para sofrer caladas ou fingir indiferença, os homens (re) agem (terminando o relacionamento) assim que julgam haver traição. Agora, como saber se o ciúme é excessivo ou não basta apresentar menos momentos de prazer na relação, quando se começa a ter de mentir para evitar as brigas, é porque o ciúme já atingiu o patamar do excesso, já se tornou doentio. O grande passo para curar, ou pelo menos para amenizar, o ciúme, é, sem dúvida, o autoconhecimento. Há que identificar onde e como se está a prejudicar as pessoas que se amam. Se, depois de perceber isto, se conseguir confiarem-nos outros (e em si), tira-se um grande peso de cima dos ombros. Até porque o ciúme não passa da manifestação de uma grande insegurança...

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